Por que o Brasil revela tão poucos treinadores de elite?
O Brasil revela muitos craques, mas enfrenta escassez de treinadores de elite. Entenda os motivos e os desafios do

O Brasil continua sendo um dos maiores exportadores de talentos do futebol mundial. Afinal, o país ainda tem como característica revelar jogadores criativos, ousados e talentosos, forjados pela cultura brasileira de amantes do futebol. No entanto, quando o assunto é a formação de comandantes à beira do gramado, o cenário é bem diferente.
Hoje, vivemos uma escassez clara de treinadores de elite brasileiros no topo do futebol mundial. Enquanto muitos jogadores seguem brilhando nos principais campeonatos, os técnicos brasileiros parecem ter ficado para trás, tanto na Europa quanto na América do Sul. Não à toa, começam a perder espaço até mesmo no Brasil. Mas o que está por trás disso? Confira a análise!
Treinadores de elite: onde estamos falhando?
A ausência de treinadores brasileiros entre os grandes nomes da atualidade não é coincidência. Ao longo dos últimos anos, o Brasil parece ter estacionado no tempo quando o assunto é metodologia e evolução tática. Enquanto países europeus investem em escolas de treinadores e atualizações constantes, por aqui ainda se cultiva a figura do “paizão” ou do técnico motivador, que deixa a tática em segundo plano.
Sendo assim, muitos comandantes brasileiros acabam optando por uma abordagem mais tradicional, baseada em talento individual, intensidade e motivação. Não que isso seja inútil, longe disso. Mas no futebol moderno, isso sozinho já não basta. Cada vez mais, o jogo se transforma em um duelo de estratégias, ajustes coletivos e leitura detalhada do adversário.
Além disso, há uma barreira cultural. Por muito tempo, acreditou-se que “quem jogou, sabe” e que só isso bastaria para treinar. É verdade, quem teve experiência como jogador pode ter muitas coisas para agregar. Só que os treinadores de elite do mundo mostram que é preciso muito mais. É preciso estudar, se atualizar e entender o jogo em profundidade.
O impacto da escola estrangeira e o alerta necessário
Nos últimos anos, foram os treinadores estrangeiros que deram uma aula por aqui. Abel Ferreira, Jorge Jesus, Sampaoli… Todos eles chegaram, implementaram métodos diferentes, investiram em treinos táticos mais intensos, e colheram resultados. Isso, claro, escancarou o quanto os técnicos brasileiros precisam evoluir. Não é que não existam bons técnicos brasileiros no Brasileirão atualmente. O negócio é que não são eles que costumam estar no topo.
Não por acaso, os brasileiros mais respeitados hoje no comando técnico são aqueles que viveram o futebol europeu de dentro. Casos como Felipão (com passagem longa por Portugal), ou Filipe Luís, que passou anos sob o comando de Simeone e já decolou sua carreira como técnico com uma visão mais tática e detalhada.
Enquanto isso, a formação de novos treinadores ainda patina. Falta incentivo, estrutura e até mesmo visão de futuro. O futebol mudou, e continuará mudando. Se o Brasil quiser seguir relevante fora das quatro linhas, precisa repensar urgentemente seu processo de formação de técnicos.

O caminho para voltar a formar treinadores de elite
A verdade é que o futebol brasileiro precisa sair da zona de conforto. Os velhos métodos, baseados na emoção, no improviso e no “deixa que o craque resolve” já não são os mais efetivos. O jogo hoje é muito mais tático, intenso e estratégico. E quem não acompanha, fica pra trás.
Não basta mais ter somente talento no elenco. É preciso organização, leitura de jogo, adaptação e preparo físico e mental em alto nível. Tudo isso passa diretamente pelo trabalho do treinador. E é aí que o Brasil vem patinando.
Sendo assim, é urgente investir melhor na formação de técnicos. Mas formação de verdade, que incentive estudo contínuo, análise tática, psicologia esportiva e tudo mais que envolve o futebol moderno. Ou você acha que o Guardiola ou o Ancelotti entram em um jogo totalmente “na fé”, sem estudar seu adversário e fazer algumas adaptações táticas na partida? E, claro, nem tudo que vem da Europa funciona no futebol brasileiro de imediato. Mas é necessário aprender, evoluir e adaptar ao futebol sul-americano.
Confira os principais palpites e notícias esportivas em Aposta Real!