O esporte menos olímpico de todos

O futebol masculino é um corpo estranho nos Jogos Olímpicos. O torneio começa antes da cerimônia de abertura, a maior parte dos jogos sequer acontece na cidade sede e, o principal, as seleções não podem contar com força máxima. E isso porque a competição não acontece em uma Data FIFA. Ou seja, a entidade máxima do futebol mundial não reconhece o futebol olímpico em seu calendário oficial de eventos.

A FIFA teme, por exemplo, que um torneio masculino forte nas Olimpíadas possa rivalizar com a Copa do Mundo, afetando comercialmente a sua organização. E estamos falando da venda dos direitos de transmissão e bilheteria, as principais fontes de receita da entidade. Há também a questão do calendário. Não seria visto com bons olhos por vários clubes ao redor do mundo a obrigação de ceder atletas poucos dias depois da realização da Eurocopa ou da Copa América.

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O Comitê Olímpico Internacional, por sua vez, também tem receio de um torneio masculino forte. O temor é que uma competição com grandes estrelas possa ofuscar o restante dos Jogos. Nesse cenário, o formato atual, com seleções sub 23 e três atletas sem limite de idade, mas sem obrigação dos times liberarem seus jogadores, acaba agradando a todos os envolvidos.

É esporte, mas, no fim das contas, é negócio!

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