O Estádio Olímpico da USP de 30 mil lugares que está esquecido e você talvez nunca tenha ouvido falar
Localizado na Universidade de São Paulo (USP), arena já recebeu craques como Paolo Rossi, sediou final da Copinha, mas
Ao longo da Marginal Pinheiros, na altura da Ponte Cidade Universitária, um tesouro esportivo permanece escondido. Atrás da cortina de árvores que cerca a Universidade de São Paulo (USP), o Estádio Armando de Salles Oliveira, conhecido como Estádio Olímpico da USP, aguarda aqueles que desejam explorar sua rica história.
Com uma capacidade de aproximadamente 30 mil lugares, o estádio se destaca por seu formato único, diferente dos padrões tradicionais. Já foi cenário de finais memoráveis da Copinha e testemunhou a maestria de craques como Paolo Rossi, campeão mundial e carrasco do Brasil na Copa de 1982, que desfilaram em seu campo.
História que não pode ser esquecida
Hoje, o Estádio Olímpico, outrora o terceiro maior da cidade, vive uma realidade mais modesta, com sua arquibancada superior interditada. Contudo, mantém-se ativo ao sediar eventos universitários e competições de menor porte, como jogos de rugby. Em 19 de agosto, receberá a emocionante final da inédita Copa do Brasil de Rugby, com a disputa entre Poli (SP) e Niterói (RJ).
Localizado no Centro de Práticas Esportivas da USP (Cepeusp), criado em 1971, o estádio é parte de uma extensa praça poliesportiva de mais de 514 mil metros quadrados, atendendo tanto a comunidade universitária quanto a demandas externas.
Seu distintivo formato em “U,” concebido pelo renomado arquiteto Ícaro de Castro Mello, que também projetou obras emblemáticas como o Ginásio Ibirapuera, reflete uma homenagem à primeira letra de Universidade.
– Além de sua capacidade para 30 mil pessoas, destinada a eventos atléticos e ao futebol, foi concebido em formato de U, assemelhando-se aos antigos anfiteatros gregos e romanos. Este design se revela propício não apenas para competições esportivas, mas também para desfiles cívicos, eventos internos e externos à Universidade, assim como espetáculos artísticos e culturais – explicou Eduardo Castro Mello, arquiteto e filho de Ícaro.
O Estádio Esquecido da USP: Entre a Natureza e a Necessidade de Uso
Hoje, o Estádio Olímpico da USP se encontra habilmente oculto pela exuberante arborização que envolve a universidade, escapando à atenção daqueles que trafegam pelas movimentadas vias expressas nas proximidades. Esse esconderijo verde confere ao local um charme peculiar, unindo as belezas naturais ao cenário arquitetônico do estádio.
Contudo, o contraste entre a beleza natural e a arquitetura do estádio destaca-se pela evidente deterioração da estrutura. A carcaça desse gigante no coração de São Paulo mostra sinais de desgaste, especialmente nas partes externas das arquibancadas. O Estádio Olímpico, que já foi palco de momentos gloriosos, agora clama por atenção e cuidado.
– A arquibancada tem praticamente quarenta anos. E uma coisa que aprendi é que se você não usa, deteriora. Tem que estar sendo usado – observou o professor Emílio Antonio Miranda, diretor do Centro de Práticas Esportivas da USP (Cepeusp).
Este apelo ressalta a importância não apenas de preservar a beleza natural que envolve o estádio, mas também de manter viva a utilidade e a história que esse espaço representa. À medida que a natureza empresta seu charme, a necessidade de uso se torna a chave para garantir que o Estádio Olímpico da USP continue a ser um patrimônio vivo, preservando sua grandiosidade no coração de São Paulo.
E você, já conhecia essa história?
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